Mãe sabia que pastor queria usar morte de filhos para promover igreja, aponta juiz

Mãe sabia que pastor queria usar morte de filhos para promover igreja, aponta juiz
Mãe sabia que pastor queria usar morte de filhos para promover igreja, aponta juiz
Mãe dos meninos Kauã e Joaquim, que foram mortos carbonizados em um incêndio em Linhares, no Espírito Santo, a pastora Juliana Sales sabia dos “supostos abusos sexuais” sofridos pelas crianças. Além disso, ela e o marido, o também pastor Georgeval Alves, pretendiam usar a morte dos meninos para ganhar notoriedade e ascensão religiosa no meio – Georgeval é padrasto de Kauã e pai de Joaquim. 
Essa é a versão defendida pelo juiz André Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, que determinou a prisão de Juliana na quarta-feira (20). “O pastor George, em parceria com a pastora Juliana, buscava uma ascensão religiosa e aumento expressivo de arrecadação de valores por fiéis e, para esta finalidade, ceifou a vida dos menores Kauã e Joaquim para se utilizar da tragédia em seu favor”, diz um trecho da decisão. O despacho aponta que, mesmo conhecendo os desvios de caráter do marido, Juliana o apoiava.
 Um exemplo disso foi uma troca de mensagens entre os dois, em que ela dizia ter “nojo” dos comportamentos do esposo e ele dizia se sentir “imundo” e um “lixo”. Outra novidade divulgada com a sentença é a de que o casal teria alterado a cena do crime, entregando objetos para serem lavados por terceiros. Kauã, de 6 anos, e Joaquim, 3, foram estuprados, agredidos e queimados vivos, em 21 de abril.
 Uma semana depois, no dia 28 de abril, o pastor foi preso temporariamente, acusado de atrapalhar as investigações. Assim, com o avanço do inquérito, o Ministério Público conseguiu a prisão temporária de Juliana e de Georgeval, que agora ficarão detidos por tempo indeterminado, acusados de duplo homicídio, estupro de vulneráveis e fraude processual. O pastor é ainda acusado de tortura.

Pega Visão

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