Na manhã desta quarta-feira (23/08), na sede da Federação Estadual dos Consórcios da Bahia – FEC-BA, reuniram-se o Presidente da UEES Bahia, Jardel Corbacho o Diretor Nacional de Grêmios da UBES, Danilo Ramos o Secretário Executivo da FEC Welington José, e o Diretor de Relações Institucionais da FEC, Gilcimar Brito, com o prefeito de Lamarão e também presidente da FEC, Dival Pinheiro.
Na pauta foram debatidos diversos assuntos, dentre eles ações que venham a fortalecer o protagonismos juvenil e a organização de um dos seus importantes seguimentos, que é o do movimento estudantil. Jardel Corbacho, apresentou a proposta do município de Lamarão sediar o 1º Congresso da UEES, entre os dias 27 a 29 de outubro de 2017, com perspectiva de reunir mais de 500 estudantes, representantes eleitos de diversas instituições de ensino de todo o estado, para debater pautas da educação, cultura, esporte, cidadania e de conjuntura política atual, além de eleger a próxima diretoria da entidade.
O prefeito de Lamarão, Dival Pinheiro, não escondeu a empolgação em sediar na cidade um congresso de estudantes de todo o estado; “… No momento em que vivemos, são construções como estas que precisamos apoiar, pois fortalecem a participação da juventude nas discussões da sociedade e do poder público… o movimento estudantil teve uma importante contribuição na minha formação, sei o quanto é valoroso a participação da juventude na construção da boa política, por isso exerço o mandato de prefeito com tamanho compromisso e responsabilidade, ainda mais quando precisa-se na conjuntura atual, se organizar contra agenda negativa que nosso país vive, com a descrença na política e com a retirada de direitos que comprometem o futuro, justamente de nossa juventude…” afirmou Dival.
Já para Welington, secretário executivo da FEC, este será um importante espaço para diagnosticar e reafirmar os avanços, e o que ainda precisa ser feito, nas políticas sociais do Governo Rui Costa, principalmente votadas para a juventude do campo e da cidade. Já Gilcimar Brito, destacou sua trajetória no movimento estudantil, principalmente na sua formação, e que este é um momento ímpar para os estudantes baianos, na organização da luta por uma educação de qualidade.
Danilo Ramos, Diretor de Grêmios da UBES, agradeceu a disposição de Dival, em sediar o Congresso da UEES no município e afirmou que a UBES se fará presente neste que será sem sombra de dúvidas o maior fórum de debates e decisões dos estudantes da Bahia.
O processo de eleição dos representantes (Delegado(a)s e Suplente) das instituições de ensino para o 1º Congresso da UEES começa a partir da próxima segunda-feira dia 28 de agosto de 2017. Os critérios regimentais e todo material para a eleições destes representantes estará disponível através do site www.congressodaueesbahia.blogspot.com.
CONHEÇA A CIDADE DE LAMARÃO
BIOGRAFIA DE LAMARÃO
Habitada inicialmente pelos indígenas biritingas, o sítio, onde hoje se ergue Lamarão, tem, como primeira referência da presença branca, o estabelecimento dos irmãos Acôncio e José Celestino de Oliveira. Construíram moradia em ponto que mais tarde viria a ser pousada de tropeiros e viajantes, isto em meados do século XIX. O topônimo Lamarão deve-se a existência de uma lagoa temporária, normalmente um lamaçal nos períodos constantes de estiagem das chuvas. Município criado com território desmembrado de Serrinha, por Lei Estadual de 20 de julho de 1962. A sede, criada como distrito em 1922, foi elevada à categoria de cidade quando da lei que criava o município.
Lamarão foi fundado pelo Presidente da Mesa o agricultor Carlos Miranda Lima (Seu Carlindo), que é pai do glorioso Carlos Miranda Lima Filho, idealizador de muitas obras em Lamarão, como a BA que foi construída, a chegada da Água a Lamarão, várias instalações de luz no meio rural, como também abastecimento de água nos bairros, fundador do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lamarão, homem que fez e faz acontecer em Lamarão. Lamarão tem como principal via de acesso a BR-116 Norte, ligada a BA-040.
Lamarão, 55 anos de história
Formação Administrativa
Até 1962 Lamarão pertenceu a distrito do município de Serrinha, e para conhecer sua história, há que se reportar ao histórico desse município.
Em 1716, a cidade de Serrinha era logradouro da Fazenda Taboatá, que pertencia aos herdeiros do fidalgo Manoel de Saldanha, adquirida pelo Sr. Bernardo da Silva.
Este transferiu a sede da Fazenda para o povoado denominado Serrinha, construindo ali casa de telhas, passando a ser considerado o seu fundador.
Após o falecimento do Sr. Bernardo da Silva, em 1763, seus herdeiros, a seu pedido, doaram uma légua de terras à Senhora Santana cuja capela lhe era dedicada.
O Povoado de Serrinha pertencia ao município de Água Fria, e a capela de Santana era filiada à freguesia de São José de Água Fria.
Serrinha foi criada como distrito de paz, pela lei provincial nº 67, de 18 de julho de 1838, que também elevou a capela à categoria de Freguesia de Senhora Santana de Serrinha, canonizada pelo arcebispo D. Romualdo Antônio de Seixas.
Em 1876, pela Lei Provincial nº 1.069 de 13 de junho, o arraial foi elevado à categoria de vila e criado o município de Serrinha.
A vila de Serrinha recebeu foros de cidade pelo Ato Estadual de 30 de junho de 1891, fato que logo depois constou da ata do Conselho Municipal de Serrinha, de 04 de julho.
A instalação da cidade ocorreu em 30 de Julho de 1891, de acordo com a ata do conselho municipal de Serrinha, do referido dia.
Na divisão administrativa de 1911 o município aparece formado pelo distrito da sede. Em 1920 já era constituído dos distritos de Serrinha, Biritinga, Pedras e Lamarão este último criado pela lei municipal nº 148, de 14 de Agosto de 1922, aprovada pela Lei Estadual nº 1631, de 26 de Julho de 1923.
Nas divisões administrativas seguintes até 1938 o município de Serrinha aparece formado por quatro distritos: Serrinha, Biritinga, Lamarão e Araci.
Sua emancipação político-administrativa se deu através da Lei Estadual nº 1737, de 20 de julho de 1962.
A RESISTÊNCIA DA CULTURA EM LAMARÃO.
Na região do sisal o sol forte e o clima árido ditam resistência e criatividade ao ritmo de vida do sertanejo. O município de Lamarão sofre com a ação de prolongadas estiagens que acabam por prejudicar o desenvolvimento da agricultura de subsistência e da pecuária, importantes atividades econômicas. Entretanto, a escassez de recursos naturais e econômicos, talvez, sirva como incentivo para a realização de atividades culturais diversificadas como o artesanato e o folclore.
A cidade ganhou o nome de Lamarão por conta de uma lagoa que em tempos de longas secas virava um grande lamaçal. Originalmente habitada por índios biritingas, a partir de meados do século XIX foi aos poucos sendo povoado por tropeiros viajantes que se deslocavam transportando mercadorias para vender. Hoje é possível identificar que o artesanato e o folclore ali produzidos possuem referências da cultura indígena (cerâmica e trançados), negra (samba de roda e capoeira) e branca (crochê e quadrilhas juninas).
O fazer artesanal é um dos principais transmissores de ritos e imagens da cultura não escrita, em Lamarão essa cultura viva pode ser vista no seu variado artesanato que tem a cerâmica e o artesanato em sisal como principais expoentes, mas também acolhe artesãos que produzem em madeira, em couro e em crochê. A população do município não ultrapassa 13.000 habitantes que se dividem entre a pequena cidade e sua zona rural.
E foi na sede do município que encontramos seu Monarca que, aos 65 anos, é um dos poucos que cultivam a prática do artesanato em madeira. Suas peças têm um traço simples, porém, forte a inspiração vem da vida do homem do sertão. A arte e o ofício também são os responsáveis pelo reconhecimento e notoriedade conquistados por dona Maria Senhora, ou simplesmente, Tingo Artesã, como é conhecida. Tingo usa a argila, matéria-prima vasta na comunidade de Sítio Santana, para criar originais peças de cerâmica que carregam consigo uma longa tradição. E no colorido mosaico cultural de Lamarão também encontramos a poesia em versos cantados do simpático seu Dazinho que faz pandeiros artesanais e docemente carrega nas mãos e na voz a responsabilidade de manter viva a cultura do samba de roda. O bordado também se faz presente na sede do município, com a renda feita por Dona Lili e Miriam.
Quem estiver interessado em conhecer Lamarão terá que dividir sua atenção com os mais diversos grupos folclóricos existentes na cidade, os quais promovem festas como a Corrida de Argolinhas, competição em que vaqueiros tentam tirar uma argola do alto de uma estaca, o rito da Bata do feijão, festividade em torno da colheita de feijão, ou ainda o Bumba-Meu-Boi, onde um boneco representando um boi corre atrás das crianças.
Características geográficas
Área 209,012 km² [2]
População 9 673 hab. IBGE/2013[3]
Densidade 46,28 hab./km²
Clima Não disponível
Fuso horário UTC−3
Aniversário 20 de julho
Fundação 20 de julho de 1962
Gentílico lamarense
Prefeito(a) Dival Medeiros Pinheiro
FONTES: UEES – UNIÃO ESTADUAL DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS