Promotor de justiça bota ‘no mesmo saco’ Zé de Elísio, Helder e Caetano

Promotor de justiça bota ‘no mesmo saco’ Zé de Elísio, Helder e Caetano
O promotor Everardo Yunes, da 7ª Promotoria de Justiça, em Camaçari, botou, junto com o ex-presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Zé de Elísio, no mesmo 'saco da justiça' os ex-prefeitos Caetano e Helder, sob acusação de terem cometido o mesmo tipo de crime
O promotor Everardo Yunes, da 7ª Promotoria de Justiça, em Camaçari, botou, junto com o ex-presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Zé de Elísio, no mesmo ‘saco da justiça’ os ex-prefeitos Caetano e Helder, sob acusação de terem cometido o mesmo tipo de crime
Quando usa-se o termo “farinha do mesmo saco”, entende-se de que pessoas que se assemelham em compreensão, ações, conduta e entendimento, estão andando juntas. Contudo essa, em tese, não é a regra, se avaliarmos o relacionamento, que não seria demais dizer, odioso, que a cidade de Camaçari, a Bahia e uma banda de Sergipe sabe, que envolve pelo menos dois dos protagonistas dessa notícia, o deputado federal Luiz Caetano e o secretário de Governo do prefeito Elinaldo (DEM), Helder Almeida (DEM).
Mas se não “farinha do mesmo saco” no sentido partidário da palavra, não há como negar que o promotor Everardo Yunes, da 7ª Promotoria de Justiça de Camaçari, botou, junto com o ex-presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Zé de Elísio, no mesmo ‘saco da justiça’ os ex-prefeitos Caetano e Helder, sob acusação de terem cometido o mesmo tipo de crime, onde, se condenados, milhões e milhões de reais, quando somente do secretário Helder Almeida, se corrigido, a soma chegaria a atuais quase 20 milhões, à ser devolvido aos cofres públicos municipais.

Mas não cabe a atenção aqui a nenhum dos três citados acima, como cabe ao promotor Everardo Yunes.

“Uma justiça desmoralizada não serve ao Judiciário, à sociedade, aos réus e tampouco aos advogados”. Essas foram palavras proferidas pelo ministro da suprema corte brasileira, no plenário da suprema corte, a saber o Superior Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, numa clara alusão da seriedade que é para o judiciário a suspeição da sociedade sobre atos de determinados membros daquela corte, durante voto que dava favorável à prisão de determinado sujeito, um político, diga-se de passagem, condenado em segunda instancia, como se tem visto nos últimos tempos.

É “apenas” um promotor no universo da justiça, mas, em se confirmando as denúncias e o entendimento do promotor ‘daqui pra cima’, diferente do que está acontecendo na Praça dos Três Poderes, em Brasília, conforme não somente o ministro Barroso, mas também procuradores federais sobre a conduta de membros do colegiado da justiça federal superior, em Camaçari o retrato que se desenha é de uma cidade, acostumada com tanta impunidade em favor “dos grandes”, por anos a fio, enfim em vias de ver a reversão desse quadro.

Agora muita gente deve estar entendendo o “muita gente” da manchete da matéria intitulada “Mudança de pasta do promotor Yunes deve deixar muita gente com as ‘barbas de molho’ em Camaçari”, quando o promotor Yunes, no início de outubro, assumiu a 7ª Promotoria de Combate à Improbidade Administrativa e aos Crimes contra a Administração Pública, dizendo que ia mexer nas gavetas, quando disse, em entrevista ao site Camaçari Alerta, que depois de algumas adequações ‘na casa’, ele iria entrar “na fase de verificação dos fatos que se tem na promotoria”. E dito e feito.

Agora, haja ‘barbas ao molho’.
Camaçari fatos e fotos 

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