“Inviável a conciliação”, diz desembargadora após audiência de processo movido por Barbosa contra Targino
Nesta segunda-feira (19), o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa, e o deputado estadual Targino Machado (DEM) foram ouvidos pela Justiça depois que o auxiliar de Rui Costa (PT) processou o parlamentar por calúnia, difamação e injúria.
Barbosa entrou com uma representação criminal na Justiça contra Machado porque o democrata disparou, por diversas vezes, adjetivos pejorativos contra o titluar da SSP-BA. “Ingressamos com a queixa crime no Tribunal de Justiça porque ele tem foro privilegiado e por ele ter feito acusações de que o secretário era corrupto, o que configura crime contra a honra, no caso calúnia. Há outras afirmações que constituem ainda difamação e injúria, crimes previstos no Código Penal”, explicou o advogado Sérgio Habib, que defende o secretário, em conversa com o BNews na época em que o processo foi protocolado.
Na audiência de conciliação realizada nesta segunda, não houve acordo. De acordo com o termo da audiência, a desembargadora Soraya Moradillo Pinto foi objetiva: “mostrou-se inviável a conciliação”.
Para a magistrada, há, nos autos, “indícios de autoria e materialidade delitivas imputadas ao representado [Targino Machado]”. Soraya também concedeu ao deputado o prazo de 10 dias para apresentação da sua defesa no processo.
Os ataques do legislador ao secretário giram em torno dos índices de criminalidade na Bahia. Em outubro do ano passado, por exemplo, o deputado chegou a classificar o gestor como incompetente ao comentar o ranking que mostrava o estado baiano como o líder em número de mortes. “Além de tudo, o secretário de Segurança Pública Maurício Incompetente Barbosa faz tudo para esconder dados estatísticos”, dizia o deputado na ocasião.