Após a prisão de José Roberto Henrique da Silva, em Pernambuco, o Vitória se manifestou por meio do seu site. Professor de uma escolinha que seria vinculada ao Rubro-negro, o profissional é acusado de pedofilia.
Em nota oficial, o clube revelou que não possui mais contrato com o Zé Roberto desde 2014 e que o mesmo vinha utilizando o nome do clube sem autorização. O Vitória ainda prometeu adotar pedidas legais contra o acusado.
Confira a nota:
O Esporte Clube Vitória, por meio desta nota, tomando conhecimento a respeito da prática de atos de pedofilia por pessoa que se fazia passar por representante de Escolinha do Vitória, vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:
O Esporte Clube Vitória celebrou em 10 de setembro de 2013 contrato de cessão de uso de marca por prazo determinado com a associação ‘Projeto Criança Feliz – Núcleo Venturosa-PE’, representada pelo Sr. José Roberto Henrique da Silva. Pelo contrato, o Vitória concedeu àquela associação licença para implantar, operar e administrar, por sua conta e risco, uma Escolinha de Futebol do Vitória, sendo de total responsabilidade da associação cessionária a manutenção do seu próprio quadro de pessoal, sem controle, fiscalização ou qualquer ingerência do Esporte Clube Vitória, que apenas cedeu o uso do nome ‘Escolinha de Futebol do Vitória’ e teria como contrapartida apenas a preferência para possível encaminhamento de jovens atletas para compor a sua divisão de base.
O contrato mencionado tinha vigência de um ano e extinguiu-se em 10 de setembro de 2014, não tendo sido renovado, nem mesmo de forma tácita, desde quando somente previa a possibilidade de renovação através de instrumento escrito.
Foi o Vitória agora surpreendido com a informação de que o seu nome continuara a ser usado pela associação, apesar de encerrado o contrato, e ainda de que os lamentáveis fatos relatados na denúncia estariam sendo praticados por integrante da associação.
Esclarece o Esporte Clube Vitória que jamais exerceu qualquer fiscalização ou controle do quadro de pessoal da associação e não tomou conhecimento da prática de ato ilícito por qualquer representante ou funcionário daquela, salvo agora por intermédio do advogado das vítimas, o qual manteve contato com o departamento jurídico do Vitória, que prestou os devidos esclarecimentos ao mesmo.
Assim, o Vitória vem a público esclarecer que nada tem a ver com os fatos denunciados, nunca deteve poder de controle quanto às atividades da denominada escolinha, que vinha funcionando ilegalmente, à sua revelia, nem tem qualquer responsabilidade, por atos infracionais que tenham sido praticados por integrantes da referida associação. O Vitória lamenta e deplora, com vigor, a prática dos atos denunciados, esclarecendo que irá adotar as providências legais pelo uso indevido do seu nome, ainda mais quando ligado a atos deploráveis que teriam sido praticados por terceiros.
Ratifica o Vitória o seu veemente repúdio à prática de atos que atentem contra a integridade física ou moral de crianças ou adolescentes, jamais tendo tolerado a prática de tais atos em seu âmbito profissional ou de formação de atletas.