Rapper é acusado de agredir ex-companheira
Foto: Reprodução
A ex-companheira do cantor de rapper, Victor Leonardo Lins, 21 anos, conhecido como Mobb, usou a rede social para anunciar o fim do relacionamento sob acusações graves de agressões físicas e psicológicas, além de humilhação e preconceito sofrida também por parte de membros da família do rapaz.
Magda Anali publicou o relato sobre o histórico de violência doméstica, nesta terça-feira (13), e já renderam quase 500 compartilhamentos, cerca de 1,4 curtidas e muitas mensagens de apoio.
O estopim para o fim do relacionamento se deu no dia 07 de março, onde Magda foi agredida pela última vez.
“Fui responsabilizada por ter sido agredida, os abusos continuaram, até chegar dia 7 de março de 2018, em meio a discussão e desespero eu fui agredida novamente sem chances de defesa, enquanto gritava por socorro o próprio ligou para a polícia, perguntou se eu teria coragem de denuncia-lo, foi aí que eu vi que estava na merda, que percebi o quanto meu psicológico estava abalado e doentio, foi daí que eu percebi que eu era mais uma estatística no meio a tantas mulheres que sofrem violência doméstica, abusos psicológicos, que diariamente são mortas, estupradas, humilhadas por seus parceiros e não consegue enxergar saída, porque estão sozinhas”, relata.
No início do depoimento, Magda cita várias vezes que foi vítima do abuso psicológico, maus tratos e desrespeito, em um relacionamento de mais de cinco anos.
“Em meio a tanto abuso psicológico, mascarados através de música, de péssimas ações e desprezo (sei hoje que tive meu psicológico manipulado) a sua arte de falar bem e inteligência tinha o poder altamente manipulador, e eu parei minha vida nisso”, comenta.
Com um ano de namoro, na expectativa de que a relação fosse melhorar, Magda se viu ameaçada com uma faca e teve documentos destruído pela fúria de um homem que dizia amá-la.
“Ele deu um fim em todos os meus documentos, todos mesmo, id, certidão de nascimento, cartão de vacina, e etc… Enfim por alguns dias eu deixei de existir, até conseguir tirar todos os documentos de novo”, afirma.
Ela continua contando que chegou a ser agredida até desmaiar, mas abalada psicologicamente não teve coragem de prestar uma queixa na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM).
“ Naquele mesmo dia fui espancada por ele até desmaiar, não tive coragem de apresentar uma queixa, mesmo com provas o suficiente no meu corpo, eu não era mais eu, fui covarde comigo não tinha mais psicológico para fazer nada por mim, e isso era visível”, desabafa.
Após ser agredida fisicamente, ela buscou ajuda, mas foi coagida pela família do rapaz.
“Mas quando pedi ajuda fui coagida pela família dele a ficar, que só eu poderia ajudar ele naquele momento, infelizmente eu me coloquei de lado e atendi o pedido daquela pessoa que junto com o resto da família me humilharam, foram racistas, preconceituosas com minha condição social, com meu grau acadêmico e todas as formas que você pode imaginar sobre desmerecer/humilhar alguém dentro da sociedade”, destaca.
Justificativa
Em um áudio, o rappel se defende afirmando que não agrediu a ex-mulher, mas que estrangulou a vítima na tentativa de evitar um surto.
Apoio
Amigos do Facebook sensibilizados com a história, outrora desconhecida, elogiaram a moça pela coragem de denunciar as inúmeras violências sofrida enquanto namorada do cantor agressor e recomendaram que a moça recomece a vida.
“ Força amiga! Recomece a sua vida do zero e não deixe ninguém te fazer sofrer!”, frisou uma internauta.
“Sem palavras… não te conheço, mas a vontade que deu foi de te dar um abraço enorme, que vc encontre forças pra continuar sua vida e que isso nunca mais aconteça com você!! Que as manas consigam encontrar forças para assim como você, sair de uma situação dessas e expor para que cada vez mais consigam sair dessas situações tão comuns (infelizmente) no nosso dia a dia. Nós por nós!!”, apoia.
O caso foi registrado na DEAM de Camaçari, onde já está sendo investigado pela delegada titular Florisbela Rodrigues.
Escrito Por: Carolina Torres