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🚹IncĂȘndio na Pague Menos: PolĂ­cia Civil indicia oito pessoas por homicĂ­dio em Camaçari


O incĂȘndio na farmĂĄcia Pague Menos que resultou na morte de 10 pessoas e feriu outras noves em Camaçari terĂĄ oito pessoas indiciadas por homicĂ­dio e tentativa de homicĂ­dio. A conclusĂŁo do inquĂ©rito sobre a investigação do incĂȘndio foi apresentada nesta sexta-feira (26), pela delegada ThaĂ­s Siqueira, titular da 18ÂȘ Delegacia Territorial (DT), de Camaçari, em coletiva Ă  imprensa no auditĂłrio do edifĂ­cio-sede da PolĂ­cia Civil.
Acompanhada do perito criminal Eduardo Rodamilans, coordenador de Engenharia Legal do Departamento de Polícia Técnica (DPT), a delegada disse aos jornalistas, que chegou a essa conclusão baseada no depoimento de mais de 60 pessoas e nos laudos produzidos pelo DPT. Segundo ela, os envolvidos agiram diretamente para o desfecho dos fatos ao infringir as normas regulamentares relacionadas ao trabalho de manutenção que vinha sendo realizado na loja.
Delegada ThaĂ­s Siqueira e o perito criminal Eduardo Rodamilans durante coletiva de imprensa | Foto: Foto: Ascom PC
Josué Ubiranilson Alves, diretor da empresa Pague Menos, Augusto Alves Pereira, gerente regional, Maria Rita Santos Sampaio, gerente da unidade incendiada em Camaçari, Erick Bezerra Chianca, sócio da empresa de manutenção Chianca, Rafael Fabrício Nascimento de Almeida, sócio da empresa de manutenção AR Empreendimentos, e Luciano Santos Silva, técnico em refrigeração pela AR, vão responder por homicídios por dolo eventual e tentativas de homicídio das nove vítimas que ficaram feridas.
Irregularidades
JĂĄ Fernando Vieira de Farias e Edilson Soares de Souza, funcionĂĄrios da empresa de manutenção Chianca, foram indiciados por homicĂ­dio culposo, visto que agiram com negligĂȘncia. No local do incĂȘndio, a perĂ­cia encontrou botijĂ”es de gĂĄs GLP e soldas elĂ©tricas que estavam sendo utilizadas pelos operĂĄrios que trabalhavam nas obras de reparo do telhado e do sistema de ar-condicionado da loja.
O perito Eduardo Rodamilans explicou que vårias irregularidades foram observadas na execução da obra, expondo a riscos os funcionårios e clientes do local.
“O gĂĄs GLP estava sendo utilizado para soldar objetos num ambiente fechado e sem ventilação adequada, o que aumenta o risco de explosĂ”es. AlĂ©m disso, os materiais inflamĂĄveis nĂŁo foram retirados da loja durante a obra”, exemplificou o perito, acrescentando que a explosĂŁo causou o desabamento da estrutura da loja.
O inquĂ©rito concluĂ­do pela delegada ThaĂ­s Siqueira foi remetido ao MinistĂ©rio PĂșblico (MP), de Camaçari, no final de março, e contava com mais de 350 pĂĄginas.
“NĂŁo restou dĂșvidas de que todos os indiciados sabiam dos riscos e, mesmo assim, consentiram a abertura da loja naquele dia”, salientou, acrescentando que os laudos do DPT foram fundamentais para a conclusĂŁo dos trabalhos.
Com informaçÔes da Ascom/Polícia Civil.
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