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A família de uma gestante de 17 anos acusa o Centro de Parto Natural de Mata de São João, inaugurado há um mês, de negligência após o bebê ter supostamente morrido durante o atendimento realizado entre terça (23) e quarta-feira (24).
De acordo com relatos de uma prima na rede social, Ludythellen Lavínia Queiroz Ferreira teria dado entrada na unidade sentindo dores na terça, e com perda de líquido amniótico. Na quarta pela manhã, a família da jovem teria solicitado que o parto fosse cesariana, mas a médica que fez o atendimento teria dito que o parto seria normal.
Segundo as informações, às 14h da quarta, a gestante não estava mais sentindo a criança mexer na barriga e que Ludythellen estava com muitas dores naquele momento. E diante da situação, a médica teria dito que não haveria a possibilidade de atestar a morte da criança pelo fato dos aparelhos do Centro de Parto estarem com problemas. Em menos de uma hora, a gestante foi encaminhada para uma ala do Hospital Eurico Goulart de Freitas, que fica anexo a unidade.
Ainda segundo o relato, após duas horas, a médica informou que a jovem seria regulada para o Hospital Roberto Santos em Salvador, onde foi constatada através de uma ultrassom que o bebê estava morto na barriga da gestante.
Ainda na publicação, a prima da vítima relata que um médico do Roberto Santos informou que se o parto fosse feito no início da manhã de quarta, a criança estaria viva.
Na redação do Mais Região, a mãe de Ludythellen, Luciana Queiroz, contou emocionada que no estado em que sua filha se encontrava não tinha condições do procedimento ser normal e que em vários momentos suplicou para que a obstetra fizesse a cesariana. “Eu implorei várias vezes para que a obstetra fizesse cesariana, só faltei me ajoelhar na frente dela. Até se ela [obstetra] falasse que iria transferir para um Hospital particular eu pagaria. A criança já era amada! ”, lamentou.
Luciana informou que o corpo da bebê foi encaminhado nesta sexta-feira para o Departamento de Polícia Técnica, Nina Rodrigues, para ser periciado. Ela disse ainda que procurou a delegacia da cidade e o Ministério Público. A família promete realizar protestos para cobrar Justiça no caso.
A jovem recebeu alta médica no inicio da manhã.
Repercussão
No Facebook, a publicação da prima da gestante já foi compartilhada por 429 pessoas. Até às 12h10 desta sexta, pelo menos 326 comentários foram registrados na postagem. A maioria dos leitores pedem Justiça. “Meus sentimentos, mas não deixe assim procure a justiça para que isso não continue acontecendo, pois isso é um crime”, escreveu um jovem.
Fontes: Mais Região