Um adolescente de 17 anos se apresentou à polícia nesta terça-feira (27) como um dos responsáveis pelo incêndio no Mercado de Cajazeiras, no último dia 18. Segundo a polícia, o adolescente foi à 13ª Delegacia (Cajazeiras) acompanhado da mãe e de um advogado.
No local, ele assumiu ter sido um dos autores do incêndio, juntamente com Yan Carlos Silva Gregório, 18 anos. Ainda de acordo com a polícia, Yan Carlos já foi intimado a comparecer à delegacia e deve se apresentar nas próximas horas. Os dois aparecem nas imagens das câmeras de segurança da área externa do mercado.
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Yan Carlos é apontado pela polícia como um dos responsáveis pelo incêndio. Ele já foi intimado
(Foto: Reprodução) |
De acordo com o delegado titular em exercício da 13ª, Roberto Alves, o adolescente de 17 anos responsabilizou Yan pela iniciativa, mas negou que os dois tivessem uma motivação específica. “Ele (o adolescente) disse que eles estavam bebendo conhaque desde cedo, começaram às 16h. Por volta de 19h, então, Yan teria tido o impulso de atear fogo no local”, disse o delegado.
Para Roberto Alves, porém, nenhuma hipótese está descartada. “Se foi crime de mando, não sabemos ainda. Não descarto nada. Porque, apesar de ele ter afirmado que bebeu, garantiu que não usaram drogas e que não perderam a consciência a esse ponto.”
O advogado de Yan já teria, inclusive, entrado em contato com a polícia, garantindo que o jovem vai se apresentar à delegacia ainda hoje. “Ele deve ser ouvido imediatamente. O que vai acontecer só podemos dimensionar após a oitiva. Quanto ao menor, eu vou solicitar as medidas socioeducativas pertinentes ao caso e encaminhar os autos à Justiça”, afirmou o delegado.
Ainda segundo Alves, nem o adolescente, nem Yan Carlos já foram presos ou apreendidos. A mãe do adolescente relatou que o filho não usa drogas, mas já passou por psicólogos. Durante o depoimento, ele disse à polícia que tentou evitar, por três vezes, que Yan Carlos ateasse fogo ao mercado. “Ele frisou muito isso, que tentou de tudo para que Yan desistisse, mas sem sucesso”, informou Roberto Alves, acrescentando que o menor estuda o 2º ano do ensino médio e é morador de Cajazeiras 8.
Ainda segundo Alves, nem o adolescente, nem Yan Carlos já foram presos ou apreendidos. A mãe do adolescente relatou que o filho não usa drogas, mas já passou por psicólogos. Durante o depoimento, ele disse à polícia que tentou evitar, por três vezes, que Yan Carlos ateasse fogo ao mercado. “Ele frisou muito isso, que tentou de tudo para que Yan desistisse, mas sem sucesso”, informou Roberto Alves, acrescentando que o menor estuda o 2º ano do ensino médio e é morador de Cajazeiras 8.
O incêndioO Mercado de Cajazeiras foi atingido por um incêndio que começou na noite do dia 18 de junho, um domingo. O fogo se concentrou no segundo piso, onde ficam cerca de 70 dos 133 boxes que existem no espaço. Segundo o Corpo de Bombeiros, 20 deles foram atingidos pelas chamas.
O fogo atingiu o teto do mercado, e as telhas terão que ser trocadas, obra que ficará a cargo da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra). Parte da fachada também sofreu avarias e terá que ser recuperada.
Desde a ocasião, existia a suspeita de que o incêndio tenha sido provocado de forma criminosa. Alguns permissionários acreditam que bandidos tenham colocado fogo no mercado para forçar os trabalhadores a retornarem para a Rotatória da Feirinha, de onde foram retirados há dois anos, quando o mercado foi inaugurado. A 13ª Delegacia (Cajazeiras) investiga essa suspeita.
No dia 21, o primeiro piso, que não foi destruído pelas chamas, voltou a funcionar. Além disso, cerca de 20 boxes do primeiro andar do Mercado de Cajazeiras foram disponibilizados para os permissionários afetados. De acordo com o subsecretário de Ordem Pública (Semop), Beto Farias, os equipamentos vão ficar disponíveis para os comerciantes que não tiveram perda total ou que estocavam as mercadorias em outro espaço.